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Sanda 散打 ​

Sanda ("luta livre") ou Sanshou ("mãos livres") é uma forma chinesa moderna de combate, incorporada as competições de Wushu (Kung fu). Quando em sua origem, não possuía regras e muitos combates acabavam com os lutadores gravemente feridos ou até mortos. Disputado sempre em plataforma suspensa e sem cordas, teve grande abrangência dentro do exército, onde os principais generais lutavam entre si. Foi dentro do exército que sua popularidade e eficiência começou a aparecer, e, ainda hoje faz parte do treinamento obrigatório para soldados chineses. Porém o seu grande salto em popularidade veio com a inclusão do Wushu nos Jogos Asiáticos em 1990, onde o Sanda já havia sido integrado a esta modalidade.

Da década de 90 para cá, o Sanda cresceu mundialmente em popularidade e competitividade, apesar da China ainda dominar a maioria das primeiras colocações, outros países como: Irã, Russia, Egito e até mesmo o Brasil possuem lutadores de alto nível.

O Sanda é extremamente completo, mesmo quando praticado com as regras de competição, diferente de outras modalidades, o lutador pode desferir socos, chutes (dos mais variados) e projeções, deficiência na maior parte das modalidades de luta em pé.

Como lema o Chinês resume o sanda: "Se tiver longe, chute. Se chegar perto, soque. Se chegar mais perto ainda, derrube."

Seus chutes e socos vieram do Wushu tradicional, o que explica a variedade. Suas projeções vêem do Shuaijiao 摔角, modalidade Chinesa mais antiga até que o Wushu. Tem como regras básicas: socos que acertem o adversário, chutes baixos (coxa) e projeções onde os dois lutadores caiam dentro da plataforma (um deles por baixo), valem 1 ponto. Chutes no tórax e cabeça, projeções onde apenas 1 atleta vá ao chão e saída da plataforma, valem 2 pontos. Caso o lutador seja arremessado para fora da plataforma 2 vezes no mesmo round, este é interrompido com vitória do lutador que permaneceu na área. As lutas são disputadas em "melhor de 3 rounds", de 2 minutos por 1 minuto de descanso, o lutador que vence dois deles é declarado o vencedor da luta. As cores dos uniformes foram padronizadas, um lutador deve usar a cor vermelha (uniforme e equipamentos) e o outro a cor preta. Os equipamentos de segurança nas categorias amadoras, são: Protetor Bucal, Luvas (8oz até 65kg e 10oz acima de 65kg), Protetor de Tórax, Protetor Genital e Capacete aberto. Ocorrem algumas variações em alguns países quando em categorias juvenis, caneleiras e capacetes fechados são adicionados.​ Assim como outras lutas, o Sanda se tornou um esporte profissional, tanto na China (Sanda World Cup, Wulifeng, Kung Fu King, etc...) quanto em outros países. Os melhores lutadores ganham prêmios em dinheiro por suas lutas, Porém, utilizam apenas o Protetor Bucal, Genital e Luvas. Com o crescimento do MMA, muitos atletas de Sanda têm migrado para esta modalidade, o exemplo mais famoso é o Vietnamita Cung Le, Campeão do Strikeforce, hoje faz parte dos atletas contratados pelo UFC.  

A modalidade em nível internacional é organizada pela IWUF (International Wushu Federation), no Brasil pela CBKW (Confederação Brasileira de Kung Fu Wushu) e em São Paulo pela FPKF (Federação Paulista de Kung Fu).



Recentemente, por orientação da IWUF, o Brasil, assim como em outros países, adotou um Sistema de Graduação para o Sanda, onde suas principais técnicas foram divididas em 9 níveis. A apostila completa está disponível no site da entidade.

O Repórter do Canal Sportv, Edgar Alencar, conheceu o Sanda em Bauru, quando gravou algumas matérias sobre a Equipe de Competição da AGTKF, ainda trabalhando na TV TEM (afiliada Rede Globo). Alguns anos mais tarde passou a ser correspondente Sportv na China, onde gravou uma excelente matéria sobre o Sanda.



 



 

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